Ane Tchavo
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Saí da casa dos meus pais em 2014. Estava me mudando de São Paulo para o Rio Grande do Sul pelos próximos 4 anos, já se passaram 6 e ainda estamos aqui na pequena e histórica Pelotas. Sinto saudades de São Paulo, mas o custo e qualidade de vida de morar no interior compensa mais (falarei sobre isso em outra publicação).
Primeiro morei em pensionato com outras 17 pessoas, foi uma experiência totalmente nova, nunca tinha morado com tanta gente e de tantos lugares diferentes, eramos todos estudantes e ali fiz amigos que me acompanham até hoje. Mas não durei muito, em menos de 3 meses mudei para uma república, dali para várias outras, foram 10 no total. Era sempre uma busca por alugueis mais baratos e pessoas que tivessem mais sintonia comigo. Guardo diversos aprendizados,  muitos deles sobre mim mesma.  Nesse processo de mudanças e adequações, em determinado momento eu defini: Preciso do meu espaço.

Depois de bastante planejamento, economia e pesquisa, achei a casa ideal. Embora nosso primeiro contato tenha sido "assustador", pois a casa estava fechada há alguns meses, completamente descuidada e debilitada pelo tempo. De alguma forma, meu coração me disse: É essa casa aqui! 

Foto meramente ilustrativa! haha


A CASA ANTES

Um casa centenária no centro histórico, poucas quadras de distância da faculdade, com um super desconto devido aos muitos reparos necessários. Topei o desafio e coloquei a mão na massa, mas antes fica uma leve demonstração do tamanho do desafio:

Nos conhecemos desse jeitinho.

Me mantive otimista. Gosto de desafios e de trabalhos manuais. Reuni uma série de referências do Pinterest, inclusive criei  uma pasta só para a casa. Eu tinha apenas R$1.000,00 guardados pra resolver todos os reparos essenciais e mobiliar. Parece loucura, mas eu ainda queria decorar. E felizmente posso dizer que sim, deu certo!

Usei diversos tutoriais de Youtube para realizar reparos, precisei colar a cuba da pia, desengordurar azulejos, consertar goteiras (que eram muitas!), além de arrumar tomadas e vazamentos! 
Eu vou muito pela seguinte premissa: Quem quer que dê certo, sempre dá um jeito. E eu queria muito que desse certo. Temos uma força criativa e manual muito grande quando estamos dispostos! Queria fazer da "casinha" (apelido carinhoso que dei a ela) meu lar, tudo isso gastando o mínimo possível. 

Comprei eletrodomésticos usados e moveis de segunda mão e dei uma "melhorada". Alguns outros móveis eu confeccionei. As decorações foram a parte mais divertida e criativa!

E esse foi o resultado até o momento:

BANHEIROS:
Fala a verdade se não dá um alivio ver os banheiros limpinhos e com tudo no lugar? A casa tem dois banheiros, o principal para banho e um social. Ambos estavam bem destruídos. Um sem a cuba de pia e a outra cuba com uma sujeira bem estranha e grossa. Limpei e desinfetei por uns 2 dias, além de trocar os assentos sanitários. Também reparei as portas dos armários pra que elas não ficassem caídas. Infelizmente, a banheira não ficou bonita porque estava bem quebrada, as manchas brancas eram de resina epóxi que os antigos moradores usaram para reparar. Mas ela segue limpa, o que já é ótimo haha



SALA: 
Sou apaixonada pelo meu sofá. Lembro que quando vi o anuncio, ele estava por R$200, fora de orçamento porque representava 20% do que tinha disponível. Mas era um sofá maravilhoso de madeira colonial. Desisti dele e fechei com a vendedora apenas umas cadeiras e armários de cozinha. Ela estava de mudança e precisava urgentemente desocupar espaço, estava me vendendo tudo super barato. Quando fui buscar, passei pelo sofá e disse "queria tanto levar, mas ta totalmente fora de orçamento pra mim", ela então me ofereceu por R$50 se eu levasse ele na hora, não pensei duas vezes e dei um jeito de caber no frete. A minha sorte é que o freteiro já era amigo de outras mudanças que fiz (depois de 10 mudanças eu já era "cliente gold" haha) e não se incomodou com o item a mais. Um item tão pesado que mal conseguíamos descer do caminhão quando chegamos em casa, foi bem engraçado. E só conseguimos com ajuda dos vizinhos. 
Os quadros são ilustrações que retirei do Pinterest.  As molduras comprei em bazar por R$2 cada. O raque é um armário de cozinha que comprei por R$30 uns anos antes, removi as portas, pintei e envernizei novamente. O nicho da parede achei na rua, era branco e sem acabamento. As flores: Girassol e margarida, minhas favoritas! E os livros  e demais enfeites são da vida! 



SALA DE JANTAR
Eu amo cada cantinho da minha casa, mas minha sala de jantar sempre me enche de suspiros! A mesa foi feita pelo meu namorado e por mim. Comprei madeira pinus por R$12 as tabuas de 2 metros cada. Os quadrinhos são ilustrações de Paris que retirei de um livro que comprei em um bazar beneficente por R$1. As molduras também são de bazar, eu as pintei coloridas. O lustre é simplesmente uma bacia que eu pintei, comprei os fios e fiz a instalação. Ficou idêntico ao que eu queria de uma loja, mas ao invés de gastar R$300, gastei R$15! Fiz um nicho com um pedaço de madeira que sobrou de um armário velho. Usei estêncil pra fazer alguns detalhes na parede e uma "mini lareira de cimento" (ao menos era esse nome no tutorial do YouTube haha), também confeccionei r agora decora o centro da mesa. As cadeiras eram brancas e verdes, mas para harmonizar deixei elas pretas, iguais aos banquinhos. Tudo nessa sala não custou mais que R$150. 




COZINHA 
Eu amo rosa e busquei colocar vários detalhes nos itens de cozinha. Claro que, em um cenário dos meus sonhos, todos os meus utensílios seriam rosa, mas faz parte, comprei todos em lojas de R$1,99 e depois de 1 ano de uso constante, posso dizer que ainda parecem novos. "Cuidar para ter" - Já dizia minha mãe. O balcão de pia, definitivamente, foi o principal investimento. As prateleiras são com o que sobrou de madeira da mesa e uns outros pedaços de MDF que consegui gratuitamente em uma empresa de móveis planejados, os porta temperos são frascos de lembrancinha de aniversário, paguei R$10 em 20 unidades e usei a serra-copos pra fazer os furos na tabua que os sustenta. Além de colocar ganchinhos na prateleira maior pra deixar os  principais itens pendurados, bem mais prático na hora de usar. A cortina eu fiz, comprei o retalho do tecido por R$6 e fiz para dar uma "filtrada" no sol durante o verão e também por achar um charme bem retrô, já que minha casa tem mais de 100 anos!


QUARTO 
 Acho minha cama linda e paguei apenas R$200 nela (junto com um colchão novinho!). Foi necessário lavar bem as paredes e o teto, eram a parte mais mofada da casa e com muitas goteiras. Fiz uma espécie de luminária, eu gostei do resultado, mas meu namorado acha "conceitual demais" haha. Também confeccionei minha "penteadeira" com canos e pedaços de MDF (os mesmos da cozinha), para pendurar meus colares usei um galho e barbante. Comprei tecidos e fiz as capas de travesseiro e almofadas em cetim (bem melhor pro cabelo!).



ATELIÊ/OFFICE
Minha parte mais xodó da casa. Minha mãe tinha bastante TOC com organização e limpeza, enquanto que sempre fui uma criança "das artes". Comecei a me interessar por pintura, desenho, escultura, marcenaria e costura muito cedo. Mas era sempre um caos convence-la a me deixar fazer minhas "bagunças" - como dizia ela. Minha mãe me amava muito e sempre cedia. Porém, as mesmas várias horas pra fazer o que eu queria, eram muitas outras horas limpando e deixando impecável. Por isso sempre foi indispensável a ideia de ter um espaço na minha casa reservado ao meu "eu criativo". Não cheguei a tirar foto dos outros cantos, mas tem várias outras estantes com ferramentas e materiais diversos, além de tecidos. Eu confeccionei a mesa com uma porta de guarda-roupa, fiz ambas as estantes dessas fotos com pedaços de madeira que encontrei e com caixotes de feira. São super resistentes.  


Enfim, eu tratei tudo de maneira mais resumida, mas pretendo falar, dar dicas e até mesmo ensinar alguns artesanatos que fiz aqui na casa. Tudo é feito com bastante carinho, são coisas simples, mas eu sinto que realmente a casa expressa meu jeito e todos que amo se sentem bem vindos e acolhidos aqui, o que já a torna perfeita pra mim!

A vizinhança é outro bônus da localização! São vizinhos tranquilos, nada barulhentos, que amam animais e tem vários cães e gatos. Além de uma baita mansão do outro lado da rua com um jardim super charmoso, ela é toda misteriosa e acontecem diversas festas com banda ao vivo tocando Jazz e às vezes Beatles! Mas não é uma casa de eventos (já verifiquei! haha) é uma residência 100% particular de um atriz de teatro de 70 anos, que ainda curte uma vida animada e boêmia!




"Não eduque seus filhos como se você fosse eterna"

Estava chateada por ele se recusar a pagar um passeio escolar para um parque de diversões, enquanto lidava com meus colegas falando sem parar sobre isso. Mas notando a minha indignação e tristeza, tivemos uma conversa bem franca sobre o que eu estava sentido em relação a situação. Sempre admirei isso no meu pai, ele nunca tentou “fantasiar” as coisas e sempre buscou me conscientizar sobre tudo. Me lembro dele explicando exatamente o quanto ganhava e o quanto aquele passeio representava do salário dele. E que para ele prioridade é que eu tivesse o que comer, vestir, onde morar e pudesse estudar, me questionou se qualquer uma dessas coisas me faltavam e claro, eu não tinha argumentos diante disso.  E tão logo veio essa pérola, que dentre outras que me deu ao longo da vida, carrego fortemente na memória:

“Eu não sou provedor dos seus desejos, sou provedor das suas necessidades. Se eu te educar achando que qualquer coisa que você quer eu posso te dar, você nunca vai se esforçar o bastante pra ter nada e infelizmente minha filha, não sou eterno. Preciso garantir que sem a minha presença, você pode existir bem nesse mundo e isso não significa te deixar uma grande herança, porque se você não tiver mentalidade para reconhecer o esforço das coisas, você também não fará esforço para mantê-las. Eu espero que você eduque seus filhos com a mesma perspectiva. Para que eles sejam espertos, fortes e independentes como eu sei que você será”.

Parece um diálogo pesado para uma criança de 11 anos, mas eu me senti confiante e respeitada.  Ele não ignorou meus sentimentos, não me puniu pelas reclamações e não me entregou o que eu mais queria, qualquer uma dessas atitudes teriam gerado impactos negativos na minha educação. No primeiro caso o sentimento de distanciamento entre nós se acentuaria, no segundo, a punição poderia reprimir meus sentimentos no futuro e no terceiro eu me acostumaria a “chorar e reclamar” que logo tudo se resolveria. 

E bem sabemos que chorar e reclamar não resolve nada na vida adulta, certo? 

Por mais ingênuo que pareça um simples passeio, foi a motivação necessária pra me despertar o desejo de sempre procurar uma solução aos meus problemas e encara-los de maneira prática. Tinha só 12 anos e comecei a entregar panfletos de comércio, vender gelinhos, fazer a unha das vizinhas, reparar roupas etc. Os anos passaram e essa minha disposição, só me ajudou profissionalmente. Trabalhei para empresas maravilhosas e desenvolvi um currículo do qual eu me orgulho, simplesmente por ser educada a não viver na zona de conforto. 

(Ressalvo que estou falando da realidade de uma criança que trabalhava porque queria, não porque precisava. Uma criança que teve tempo e apoio para estudar!)

Eu acredito muito no poder da educação através da conversa, de não tratar crianças como seres puramente passivos e desprovidos de entendimento, isso não significa “adultizar” a criança, mas reconhecer nela uma pessoa em formação que precisa ser bem instruída e entender que o mundo vai além dela. 

Divido essa experiência com a esperança de que isso ajude na resolução de algum conflito familiar ou auxilie pais de primeira viagem, pois é perfeitamente compreensível o sentimento de “querer dar tudo” a quem amamos tanto. Mas que esse tudo comece pelo básico: Respeito, empatia, responsabilidade e resiliência.

 Nunca fui castigada ou “apanhei” para me tornar uma pessoa de quem meus pais se orgulham e de quem eu me orgulho, mas é claro que os bons exemplos sempre vieram deles.  Que tenhamos carinho e cuidado pelas crianças, carinho e cuidado por nós para sermos “bons espelhos”. 



Quem ai conhece a história do “David camelô”? Caso antigo do Empreendedorismo,  David Portes atualmente proprietário de uma rede de cafeterias,  palestrante que inclusive se apresentou em Harvard, é  ex morador de rua do Rio de Janeiro, que com a esposa grávida e 12 reais emprestados para comprar remédio, resolveu “investir”  aqueles trocados em doces e revender para conseguir mais dinheiro. Percebendo os lucros, ele foi aumentando cada vez mais seu capital, até conseguir montar uma barraca de doces e naquele espaço simples, criar um sistema de atendimento e estratégias de marketing tão diferenciados que chamou a atenção da imprensa local e posteriormente do mundo. David recebeu tamanha notoriedade por seu talento que surgiram vários convites para palestrar em eventos e faculdades de negócios e marketing, oportunidades que permitiram o crescimento de seu empreendimento.  

Mas a questão toda é: Crescer envolveu o “boca a boca”, envolveu o talento natural, ao mesmo passo que envolveu o reconhecimento de seus clientes. E nesse processo, imagine que durante anos, David foi apenas um homem que tinha uma barraca. Mas nunca se deixando abater, como o próprio diz, ele sempre sonhou em “chegar além”.

Neste exato momento muitos são o “David na sua barraca”, com seus pequenos empreendimentos que podem começar com uma simples página no Facebook, um perfil no Instagram ou a abertura de um MEI. São pequenas barracas, micro lojinhas, até mesmo um “vender de porta em porta”. Porém, nesse processo de crescimento, uma das coisas mais destrutivas é se cercar de pessoas que não te apoiam.

Quem ai não tem o “amigo” que pede desconto ou até gratuitamente o seu serviço ou produto, afinal é seu “amigo”?  E os que não respeitam seu horário de trabalho ou seu esforço, te tratando com desdém por recusar alguns convites pra sair?  Desmerecendo o potencial do seu negócio, afinal, para eles é só um “bico que você faz”. Todo mundo quer ser amigo do empresário rico, mas poucos tem noção de que muitos grandes negócios começam absurdamente pequenos, vide o computador pessoal criado na garagem de Steve Jobs.

Não queira ter na sua vida pessoas que vão olhar pro inicio do seu sonho, o processo mais importante e delicado da sua caminhada e achar que só porque não é uma multinacional com milhares de filiais, que não é um trabalho tão digno e tão importante quanto. Foque em você, no seu desenvolvimento, na sua empresa e no crescimento dela!

O caminho não é fácil, mas o esforço inteligente, sempre trás resultados!




"Se mime, você merece" – Disseram as prestadoras de crédito. E assim obedecemos. 

Afinal, você está ai no seu emprego desgastante que te consome todos os dias, trânsito e almoço corrido, você mal tem tempo para nada na semana, então final de semana é pra esbanjar não é mesmo? Seu cartão de crédito está ai para você, não importa que você esteja pagando o mínimo há tanto tempo que hoje ele já representa quase 90% do seu salário. As contas apertam, o sufoco faz entrar em exaustão mental. Tudo que você precisa é dar uma saidinha e comprar uma coisinha pra te dar um ânimo, não é mesmo? Usa outro cartão de crédito, simples. Aquele que ainda tem um pouco de limite. Saca do cheque especial, alguns dias até o seu pagamento não são nada. Seus filhos querem a comida tal, a roupa tal, o presente tal, que tipo de pai/mãe é você que não pode dar tudo que eles querem? Então dale cartão, dale empréstimo, dale negar esse enorme sinal de bomba atômica a caminho em prol de satisfações momentâneas. Como se estivesse prezo a uma "bola de neve" você vai se envolvendo e sufocando, mas você olha frases bonitinhas na internet que vão te dizer: Se mime, você merece!

E lá esta você, contraindo mais e mais dívidas para rechear a sua vida de coisas que não precisa. Espera... Quem disse que você não precisa??? É claro que precisa! Poupar? Poupar como? Poupar o quê? Viver de privação? Isso é discurso de "burguês safado" dizer para o "pobre" poupar. Porque o burguês dita que o pobre não tem direito a diversão e lazer. Não é isso? Não, não é isso.

Ultimamente tenho visto muito esses dois discursos venenosos nas redes sociais, quase que de maneira gritante. Educação financeira está em um dos muitos privilégios que separam classes sociais.  E se você continuar acreditando e reproduzindo esses dois discursos de que, você tem que se mimar a qualquer custo e que dizer para as pessoas pouparem independente de classe social é discurso elitista e sem consciência, você ajudará muitas pessoas a surtarem de vez, talvez até você surte de vez.

A primeira coisa que você PRECISA entender é que todo mundo tem que aprender a gerir o próprio dinheiro. Não importa quão pouco você ganhe. Encare seu dinheiro com seriedade, respeito e inteligência.

Eu já cheguei a dever 20 mil reais ao banco ganhando 1,5 salário mínimo em 2011. E perdi tantas oportunidades e passei tantos perrengues até resolver essa dívida, ao ponto de chorar de medo. Cheguei a vender muitas das minhas coisas por um preço nem 5% do que paguei nelas, mesmo aquelas que tinham sido adquiridas há tão pouco tempo que nem saíram da embalagem. O desespero nos faz tomar atitudes desmedidas, que doem.

Cheguei a pensar “acabou tudo” - Apenas com 19 anos de idade

A mudança de realidade só veio quando eu mudei minha forma de me relacionar com o dinheiro e a vida. (Calma, esse não é o momento em que eu te vendo um curso motivacional ou te convido para uma masterclass online e 100% gratuita rs).

O que eu tenho para ensinar é simples, fácil e rápido. São só algumas dicas de coisas que apliquei na minha vida e que me tiraram do “fundo do poço”.

1- TODO o seu dinheiro, tem que respeitar uma estratégia de gastaos. Por exemplo, eu adoto o teto de 50% para gastos essenciais (moradia, alimentação e saúde) – isto é, os gastos essenciais podem custar menos, nunca mais que 50% dos ganhos. Os outros 50% você divide entre gastos extras e  fundo de emergência (o meu é 30% extras e 20% fundo).Sim, isso é praticamente impossível para pessoas que ganham um salário mínimo e sustentam uma família, ainda mais na economia atual. Mas infelizmente, só existem duas opções: Mudar o padrão de vida OU ter uma fonte de renda extra. Venho de uma família simples, pai frentista e mãe faxineira, algo que ambos sempre me disseram é "Você pode chorar, reclamar, xingar, sentir raiva da situação, mas você não pode ficar parado esperando a solução, ou você morre".

2-      Se você quer segurança e conforto financeiro, você precisa encontrar formas de se proporcionar isso, seja mudando de trabalho, fazendo renda extra, empreendendo, buscando maior qualificação profissional etc. E põe na cabeça: Nenhum trabalho é medíocre ou está “abaixo” de você. Trabalho honesto, é trabalho digno.

3-      Tenha o hábito de anotar tudo que você gasta. TUDO. Comprou uma bala? Anota. E reveja seus gastos. Isso é bom para criar consciência e ter noção de para aonde vai o seu dinheiro. Avaliar se ele está sendo bem gasto. Eu uso um aplicativo gratuito chamado “Wise Cash”, nele eu coloco “teto de gastos” para tudo, ele mostra em gráficos como estão os meus gastos e vai alertando caso se aproxime do teto que estipulei.

4-      SEMPRE que você for comprar alguma coisa, responda duas perguntas: Por que eu preciso comprar isso? Se você não encontrar uma resposta forte o suficiente para essa pergunta, não compre. A segunda: Quantos % do meu orçamento mensal essa compra representa? Se for mais de 10%, não compre. Uma compra sua representar 10% do seu orçamento do mês, é bem nociva às suas finanças, porque todas as demais contas terão de se adequar a apenas 90%.

5-      Poupar não é viver em privação, mas gastar de forma inteligente. Existem muitas coisas que achamos precisar, mas na verdade é só vicio. (Eu ganhava como pesquisadora da universidade R$400 e desse valor eu gastava mais de R$60 por mês com requeijão, porque eu consumia 2 a 3 por semana. Quando comecei a comprar 1 por mês, até comer melhor passei a comer, porque antes eu pensava assim “se acabar eu compro outro, é só 5 reais” é assim que a gente se quebra com lanche, refrigerante, um docinho, um Uber pra ir só ali, os pequenos gastos são os mais nocivos porque eles parecem invisíveis, mas fazem jus ao ditado "de grão em grão, a galinha enche o papo")

6-      Use e abuse de serviços gratuitos. Quer sair? Vai no parque, na praça, nos dias que o museu tem “catraca livre”. O Brasil é um dos países com mais opções de lazer gratuitos. Fora isso, estude sempre que possível, todo conhecimento te proporciona oportunidades de ganhar dinheiro. Tem vários sites que oferecem cursos gratuitos, como o IPED, Prime, Rock Content e se você for bom em inglês, existem cursos online muito legais, gratuitos e com certificado da Harvard, Stanford, Yale entre outras. O próprio Youtube tem incontáveis conteúdos para aprender e desenvolver habilidades novas. 

No mais, alguns conselhos:  1º-  Evite o hábito de reclamar, chorar e se desesperar. Sei que parece uma coisa insensível de se dizer, principalmente se você estiver passando por um momento difícil, mas é fato, quanto mais você gasta energia se estressando, pior fica a sua saúde e menos soluções você enxerga. E 2º -  Se respeite! Você precisa entender que você tem que cuidar bem si mesmo, isto é, respeitar o seu esforço, o seu dinheiro, o seu espaço e principalmente a sua saúde! Levar a vida sem assumir responsabilidade por si mesmo, é o jeito mais certeiro de viver frustrado.

Espero que essas dicas financeiras te ajudem, como me ajudaram e muito. Eu passei toda a graduação vivendo com 800 reais que era a bolsa de pesquisa somada ao auxílio da universidade para alunos em vulnerabilidade e foi com esse minúsculo orçamento, que eu aprendi e ganhei gosto por finanças pessoais.




Era uma sexta-feira de 27 de julho de 2013. 21h da noite e eu no Memorial da América Latina assistindo uma palestra com o brasileiro Rodrigo Teixeira, um gaúcho de Bagé que recebeu um Oscar pelos efeitos especiais de Hugo Cabret. De grande simpatia e carisma, foram as 2 horas mais rápidas da minha vida.

Teixeira dividiu a história de sua trajetória, de como decidiu que o cinema era sua paixão, como traçou um plano para estudar e trabalhar com isso e como ingressou no mercado cinematográfico de Hollywood – uma história sensacional do inicio ao fim, extremamente motivadora. Descobri que diversos filmes que adoro e diretores que admiro, fazem parte de seu portfólio e não somente, naquele momento ele estava trabalhando para a produtora responsável pelos efeitos de uma das minhas séries favoritas: Game of Thrones.  

Final da palestra e ele soltou uma “bomba” aos presentes. A produtora em questão abriria uma filial em São Paulo e naquele momento, estava aberto a receber portfólios de quem trouxe. Meu coração disparou. Eu ainda era apenas uma estudante de Rádio e TV, sem qualquer conhecimento técnico sobre Cinema, foi um mix de emoções e pensei “não, ninguém trouxe portfólio”, mas haviam sim, cinco ou seis pessoas com DVDs prontinhos para entregar.

Eu tinha o sonho de estudar e trabalhar com Cinema. Há anos prestava o ENEM tentando ingressar no curso de Cinema da federal de Pelotas, na época uma das poucas do Brasil com o curso mais completo da área e dos mais concorridos. Não me contive e fui falar com ele mesmo assim, perguntei o que deveria fazer sobre essa minha “dificuldade” em ser aprovada no vestibular e estudar cinema, disse que já estava desmotivada e desistindo, mas a palestra dele, a sua história, me encheu de esperança. E eu jamais esqueço de como ele foi gentil, me deu um aperto de mão bem firme e disse “Viva como se você não tivesse um plano B, porque enquanto você tiver uma opção, você vai achar que está tudo bem desistir ou fracassar”.

Eu me emociono sempre que lembro dessa história, em outubro de 2013 fiz o ENEM pela última vez para entrar em Cinema. Iniciei os estudos em março de 2014. Se algum dia tiver o privilégio de encontra-lo novamente, quero agradecer imensamente por aquelas palavras. Porque não somente para o meu curso, como para todas as outras empreitadas acadêmicas e profissionais, venho me guiando por essa premissa “Viver como se não houvesse um plano B”.

Em tempo, outra lição muito valiosa desse encontro, foi sobre o portfólio.  Estar preparado sempre para tudo é impossível.  Mas é imprescindível estar preparado para fazer networking onde quer que você esteja. Abrace todas as oportunidades de estar em contato com pessoas da sua área, principalmente espaços que também promovem ganho intelectual, como congressos e simpósios.

 O mercado já é outro comparado ao de 2013 e de lá pra cá muitas ferramentas foram criadas para facilitar nossas vidas e expor nossos trabalhos. Então independente do seu nicho de atuação, se você quer aumentar suas chances de conseguir bons resultados profissionais, seja entrando para sua empresa ou vaga “dos sonhos”, ou fechando excelentes parcerias e conquistando clientes, pense estrategicamente em como se apresentar, como seus feitos serão vistos, como as pessoas terão acesso aos seus resultados.  Isso é estar preparado sempre!

Eu utilizo cartões de visita, site pessoal e redes sociais como estratégia. Sempre visando o menor custo e o maior alcance. Existem diversos mecanismos gratuitos e completos para atender N necessidades de cada nicho profissional, além de estratégias bem simples que futuramente pretendo falar mais a respeito. Mas por hora, apenas reforço a dica: Esteja sempre preparado e viva sem planos B!




Em 1977 a IBM rejeitou de Steve Jobs a ideia do computador pessoal, porque acreditava que ninguém sentiria a necessidade de ter um computador de uso doméstico. Olho para momentos assim da história e sempre penso “será que não tinha ninguém ali com um pensamento minimamente diferente?”

Uma das coisas que mais reparo ao escolher alguém pra me relacionar profissionalmente é a habilidade que a pessoa tem de se manifestar e ser firme sobre suas ideias. E destaco, isso é muito diferente de "teimosia". 

Quando falo sobre se manifestar e ser firme, me refiro a momentos em que você tem pontos de defesa sobre porque algo que foi aparentemente rejeitado ou abraçado, te parece uma boa ou má ideia. E saber dialogar sobre isso é essencial. 

Já trabalhei com pessoas que sempre iam  pela “maioria” ou pela opinião do “colega favorito”, dessa forma ela poderia detestar ou amar algo, mas para não correr o risco de ser questionada/excluída, ela sempre optava pelo senso geral e alheio, mesmo que isso no fundo a desagradasse.  

O bom trabalho em equipe é reflexo de um ambiente onde todos se sentem engajados e acolhidos para explanar seus pontos de vista. Já o bom profissional é capaz de ouvir, refletir e respeitar opiniões divergentes da sua, para que então assim, se chegue a uma conclusão conjunta.

Foco em montar equipes com diversidade de histórico, realidades, pensamentos e vivências, isso sempre me trouxe ótimos resultados. Equipes muito homogêneas até avançam bem em conjunto, mas retraem e "tropeçam" da mesma forma, porque assim como a IBM, o excesso de pessoas que pensam muito semelhante, fez com que ninguém enxergasse a "mina de ouro" que foi o computador pessoal.

Já a gestão colaborativa e equipes diversificadas, além de promoverem espaços mais humanizados, fornecem autoestima. Que é um grande fator para que talentos aflorem. E onde quer que talentos aflorem, negócios crescem. 




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